IMPLANTES INTRAORBITÁRIOS DE HIDROXIAPATITA SINTÉTICA E MEMBRANA AMNIÓTICA BOVINA, APÓS EVISCERAÇÃO OCULAR EXPERIMENTAL EM COELHOS
Resumo
Resumo: Com o avanço das oftalmologias humana e veterinária, existem hoje diversos tipos de implantes intraorbitários, criados com o intuito de reverter ou amenizar a condição estética de pacientes que passaram por cirurgias mutilantes, como evisceração ou enucleação do bulbo ocular. O objetivo deste estudo foi avaliar o comportamento da hidroxiapatita sintética e da membrana amniótica bovina como implantes intraorbitários. Para isso, foram utilizados 15 coelhos da raça Nova Zelândia brancos, com 45 dias de idade, fêmeas, pesando entre 2,3 e 3,3 kg, divididos em três grupos. Todos os animais foram submetidos à evisceração do bulbo ocular direito com esclerotomia posterior. Os animais do grupo hidroxiapatita (GH) receberam no bulbo eviscerado uma esfera de hidroxiapatita sintética; os do grupo membrana amniótica (GM) adquiriram membrana amniótica bovina, conservada em glicerina 99% em temperatura ambiente; e os do grupo-controle (GC) não receberam nenhum tipo de implante. A avaliação se deu de forma clínica e histológica. Para a avaliação histológica, os olhos operados foram removidos aos sete, 60 e 100 dias de pós-operatório. Os resultados revelaram que a hidroxiapatita causou menor resposta inflamatória e foi capaz de manter volume desejável do bulbo ocular, diferentemente do implante de membrana amniótica, que causou intensa reação do tipo corpo estranho e clinicamente não manteve o volume e a forma do bulbo ocular da mesma forma que a hidroxiapatita. De acordo com os resultados e da maneira como foi conduzido este estudo, concluiu-se que a hidroxiapatita foi o melhor biomaterial utilizado como implante intraorbitário, após evisceração ocular.
Palavras-Chave: Biomateriais; cavidade anoftálmica; esclerotomia posterior; e oftalmologia.
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