Melanoma Amelanótico em Cadela - relato de caso

Resumo

Neoplasias cutâneas são frequentemente diagnosticadas em pequenos animais. Entretanto, o melanoma está presente em uma pequena porcentagem desses tumores e é caracterizado por acometer animais idosos e com pelagem escura. O local mais comum de aparecimento desse neoplasma é a cavidade oral, mas podem aparecer em qualquer local do corpo do animal. Esses tumores possuem diferentes graus de pigmentação, chegando até a ausência de melanina, sendo este denominado como melanoma amelanótico. O melanoma é considerado um tumor bastante agressivo, por ser invasivo e possuir grande poder de metástases. Seu diagnóstico é considerado um desafio, devido à grande variabilidade histológica e semelhança com tumores de células redondas, podendo ser demorado, intensificando assim, o mau prognóstico do paciente. Os exames considerados mais seguros para o seu diagnóstico são a histopatologia e imunohistoquímica. O tratamento pode ser feito pela excisão cirúrgica do tumor, quimioterapia, radioterapia e imunoterapia, associando-as ou não. O objetivo deste trabalho, foi de relatar um caso atendido de um Canino da raça Cocker Spaniel diagnosticado com Melanoma Amelanótico. Foi atendida uma cadela da raça Cocker Spaniel, pelagem preta, com cerca de 11 anos de idade, pesando 10,8 kg. No Centro Veterinário de Caratinga. Possuia histórico de exérese de cálculo dentário há seis meses e queixa de halitose, lacrimejamento, secreção nasal, hiporexia e lesão crônica na região da vulva. O animal foi tratado e melhorou parcialmente. Três meses depois, o animal retornou ao consultório com queixa de lesões ulcerativas na região próxima à vulva, plano nasal e região inguinal. Foi realizada uma biópsia incisional e fechou-se o diagnóstico como Melanoma Amelanótico. No presente estudo o animal que já se encontrava com idade avançada, foi diagnosticado tardiamente por conta da aparência pouco comum das lesões e às dificuldades encontradas no exame histopatológico. Devido ao seu estado geral de saúde, o proprietário optou por não iniciar o tratamento quimioterápico e nem a excisão cirúrgica do tumor. O paciente veio a óbito decorrido dois meses.