O ENCONTRO VOLUNTÁRIO COM O OCASO: METANÁLISE DA LITERATURA PSICANALÍTICA SOBRE O SUICÍDIO
Resumo
O ser humano vive em conflito constante entre aquilo que deseja e o que é aceitavelmente desejável pela cultura. Essa tensão é estruturante – faz parte da construção de um sujeito. Assim, há sempre um embate entre a eliminação total desse atrito, que daria espaço para o ato suicida e a permanência em vida com todo seu sofrimento e prazer parcial. Freud não discutiu de forma pormenorizada a questão do suicídio, apesar de ter discutido as moções destrutivas do ser humano e sua percepção da morte. O que a psicanálise tem a dizer sobre o sujeito que intenta contra a própria vida? Com essa pergunta impulsionadora em vista, realizou-se um mapeamento da literatura psicanalítica sobre o suicídio na base de dados da Biblioteca Virtual em Saúde e a metanálise qualitativa dos artigos selecionados e incluídos. Um total de 13 artigos foram analisados, separados em duas principais categorias: Perspectivas Teóricas, subdividida nas linhas durkheimiana, winnicottiana e psicanalítica de Freud e Lacan, e Implicações Clínicas. Após a apresentação e discussão dos textos nessas categorias, empreendeu-se a realização da integração do conhecimento, com vistas a apontar as convergências e divergências entre autores. A partir da análise dos artigos, considerou-se que o sujeito que intenta contra a própria vida encontra-se mergulhado em uma angústia desmedida, impossível de ser metabolizada pelo aparato simbólico que possui.
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