REFERENCIAIS TEÓRICOS DA PSICOLOGIA EDUCACIONAL ENTRE 1990 E 2016
Resumo
Maria Helena Souza Patto, em sua obra “A Produção do
Fracasso Escolar: histórias de submissão e rebeldia” denunciou
o fracasso escolar como um processo social e historicamente
determinado. A publicação desta obra foi um marco para quebra
de paradigmas da psicologia escolar no Brasil, iniciado nos
anos 70, implicando em uma reavaliação de seus referenciais
teóricos e respectivas bases epistemológicas. A pergunta feita foi:
será que após a publicação da “Produção do Fracasso Escolar”
haveria uma alteração dos referenciais teóricos utilizados pelos
psicólogos escolares e educacionais no Brasil? Assim foi realizada
esta pesquisa, com metodologia do Estado da Arte sob a égide do
referencial da psicologia crítica. Percebe-se o surgimento e uma
tendência de aumento de vertentes de bases sociais, históricas
e críticas, representadas principalmente pela Psicologia Sócio
Histórica, compreendendo um total de 24,68% de todos artigos
publicados no período, que buscam uma compreensão do humano a
partir do contexto social, histórico e cultural em que está inserido,
entretanto, resultados indicam que de todos os artigos encontrados
(628), 73,25% possuem bases epistemológicas e, consequentemente,
referenciais teóricos que servem para manutenção do discurso
ideológico vigente, alienando o homem de seu meio social e de
caráter fundamentalmente adaptativo.
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